Despertar da Detrano

  Tenho um medo. E esse medo é crescer. Vejo filmes, onde adolescentes do nada crescem e se tornam bem-sucedidos. Nunca mostra como chegaram até lá. E isso que me amedronta. Porque eu almejo aquela vida incrível, mas tenho medo de que o processo seja doloroso. Eu sei. Todo mundo tem esse medo. Mas eu estou falando do que vejo por mim. Eu tenho certos talentos. Sou boa em ouvir, mesmo não sendo tão boa com conselhos. Eu escrevo até que bem, por ser bastante imaginativa e ler bastante. Eu gosto de dançar, e já me disseram que danço bem, mas eu não confio muito nisso. A real é que muitas respostas estão na minha cara: eu preciso me arriscar. Mas eu tenho MUITO MEDO. De verdade. Eu gosto de estar na minha zona de conforto, pois eu fico confortável na estabilidade e não confio o suficiente em mim para tentar coisas novas. Não faço ideia se isso é algo que acontece só na adolescência, ou se adultos também sofrem com isso. Não é possível que as coisas amenizem tão fácilmente no futuro. Eu...

  Vez ou outra, me pego pensando o que estou fazendo da vida. Na verdade, penso isso o tempo todo. Geralmente, de forma positiva. Minha mente, apesar de meio psicopata, me reforça que as coisas podem dar certo. E, quando me olho no espelho pensando nisso, costumo acreditar em mim mesma. Mas eu tenho muito medo do futuro. MUITO MESMO. Não sei bem como vai ser a faculdade, o que vou cursar, o que vai me trazer uma vida relativamente confortável. Na real, meu sonho sempre foi viajar pelo mundo. Mas talvez, acabei de perceber, seja uma vontade de fugir da vida real. Não estranhe, eu percebo muitas coisas aleatórias na hora que escrevo. Se me perguntar onde eu quero ir, vou dizer lugares genéricos como Maldivas, Mônaco ou Disney, mas eu não sei exatamente o porquê. Eu só quero viajar, andar, ouvir música. Acho que estou em busca de uma falsa liberdade de mim mesma. E talvez isso reflita bastante no quanto eu sinto sobre mim mesma. É um tipo de falso amor próprio no qual eu quero acredit...

 Nesse momento, são 01:26 da manhã e eu estava agoniada, querendo fazer isso daqui. Vocês sabem quando você assiste filmes como Julie & Julia e Radio Rebel? Filmes nos quais as protagonistas tem sua voz (no caso da Julie, foi um blog mesmo), e no fim acabam sendo reconhecidas? Esse era o meu sonho de amante de filmes clichês. Tá, ainda é um pouquinho. Mas, bom, eu só queria escrever por escrever. É uma das minhas paixões. Mesmo. Eu gosto de escrever até quando não sei o que escrever. De qualquer forma, não posso dizer que ensaiei o que escreveria ou algo do tipo. Na verdade, não planejei nadinha. E é isso que eu estou inovando. Geralmente sou meticulosa, planejo minuciosamente cada detalhe, mas vou tentar ser o mais espontânea possível. Na real, um dos motivos de eu querer escrever um blog também, sabendo que vai ser só pra mim, é que de fato eu me sinto muda. Não no sentido literal, claro. Eu me sinto meio presa nos meus próprios pensamentos, e já fui muito pior antes. O motiv...